RADAR 22/08/2022

Disputa eleitoral está indefinida

 

RADAR ANALISA

EDITORIAL A RETA FINAL ESTÁ SÓ COMEÇANDO Na próxima sexta-feira, 26, os partidos começarão a veicular a propaganda eleitoral, em rádio e TV, com suas propostas e críticas aos adversários. Ao longo de pouco mais de 40 dias, os candidatos de todas as legendas, para todos os cargos em disputa, vão se esforçar para atrair o interesse dos 156 milhões de eleitores. O RADAR observa que as discussões sobre a sucessão presidencial e dos governos estaduais só circulam, até o momento, nos grupos mais politizados. Envolvido com os compromissos domésticos e profissionais do dia a dia, o eleitor médio só vai se envolver com as eleições em meados de setembro. É, e sempre foi, assim: o brasileiro só avalia e decide o voto alguns dias do pleito. No caso da eleição mais importante deste ano, a de presidente da República, há fatos ainda não contabilizados que podem acirrar a disputa. Pesa em favor do candidato de oposição a sua vantagem nas pesquisas até agora. Por outro lado, a queda dos preços dos combustíveis, os sinais de arrefecimento da inflação (com a deflação de julho e provável deflação em agosto), o aumento do valor do Auxílio Brasil, os benefícios a taxistas, idosos e caminhoneiros e o bom desempenho do mercado de trabalho ainda não foram amplamente captados pelas pesquisas. Todos esses fatores podem favorecer a campanha do atual presidente. No fim da primeira quinzena de setembro, será possível ter uma visão mais clara do efetivo cenário eleitoral – será quando esses elementos, que estão propiciando melhora (ainda que emergencial) ao bem-estar de uma parcela do eleitorado, causarão alguma influência nas intenções de voto. Tudo leva a crer que essa será uma disputa acirrada, diferente do panorama apontado atualmente pelas pesquisas. Pesquisa não é apuração, é o retrato de um momento. E como uma campanha é composta por diversas fases e momentos, os números tendem a sofrer mudanças. Ainda que não pareça, o cenário está absolutamente aberto para os dois principais candidatos ao Planalto (e também na corrida pelo governo de São Paulo). É preciso cautela na observação dos percentuais divulgados pela imprensa. Com o objetivo de analisar os fatos eleitorais que se relacionam com o ambiente de negócios, o RADAR seguirá avaliando tecnicamente as variáveis político-econômicas que moldarão os compromissos para os eleitos em outubro.  

RADAR MONITORA 

Otimismo em alta A evolução recente dos indicadores econômicos já se reflete nas pesquisas sobre a confiança da população, aponta a Folha de S.Paulo, em editorial. O Datafolha revela que o otimismo do eleitorado atingiu o patamar mais elevado desde 2019. A parcela dos que esperam que a situação do País vá melhorar passou de 33%, na sondagem anterior, de junho, para 48%, agora. O grupo dos brasileiros pessimistas com o futuro caiu de 34% para 18%.   Fim do Teto de Gastos, privatizações, taxação de grandes fortunas e Reforma Tributária Como mostra a Jovem Pan, as propostas dos presidenciáveis para os principais temas do País já começaram a permear a campanha eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro fala em redução das dívidas públicas e regras trabalhistas mais flexíveis. Lula defende a revogação do Teto de Gastos e a criação de um ministério para micro e pequenas empresas. Ciro Gomes, por outro lado, propõe taxação das grandes fortunas e “reindustrialização forçada”, como noticia a CNN Brasil, enquanto a senadora Simone Tebet fala em agronegócio com sustentabilidade.   Orçamento 2023 É nessa reta final do ano que o presidente eleito, seja quem for, precisará de apoio político do “velho Congresso” para aprovar um orçamento que permita ao novo governo tocar os primeiros meses e garantir condições para a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 no dia 1º de janeiro, comenta a jornalista Adriana Fernandes, no Estadão. No tom do “quem mandará sou eu”, o presidente da Câmara, Arthur Lira, deu a senha ao defender o redesenho do Teto de Gastos via  desindexação e desvinculação de receitas do orçamento, proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, que não avançou.   Bancos projetam “licença” de R$ 70 bilhões para aumento de gastos sociais Representantes de bancos e fundos de investimentos sinalizaram aos candidatos à Presidência que consideram um risco o futuro governo ampliar os gastos públicos muito acima de R$ 70 bilhões, para manter, em 2023, o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 e de outros benefícios. Para o mercado financeiro, um valor até essa magnitude seria aceitável, mas, em troca, existe a cobrança para o estabelecimento de uma regra de controle de gastos a partir da mudança do atual arcabouço fiscal, mostra o Estadão.   Prós e contras da entrada do Brasil na OCDE Fazer parte do grupo é como ter um selo de viabilidade para negócios e investimentos, destaca o Poder360. Estudo do IPEA aponta que o PIB pode subir 0,4% ao ano com a adesão. É necessária, no entanto, a realização de reformas para se adequar aos padrões orientados pela organização, como desburocratização de processos e regras tributárias. Por outro lado, o Brasil terá que seguir orientações sobre o grau de interferência do Estado na economia. Há diretrizes sobre práticas relacionadas a controle de taxa de juros, de câmbio e tributação de capital estrangeiro. Ou seja, o País pode perder “parte de sua autonomia”. Em artigo publicado no Estadão, em 10 de agosto, Abram Szajman e José Goldemberg, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e presidente do Conselho de Sustentabilidade da entidade, ressaltam que a entrada na OCDE abre um leque de oportunidades na área das energias renováveis. Além de estimular o País a superar impasses como os da logística reversa e da coleta seletiva do lixo, bandeiras levantadas pela FecomercioSP, mas não devidamente acolhidas pelo poder público.   Saneamento: empresas privadas temem retrocesso em marco legal As empresas privadas de saneamento acompanham com lupa o que os presidenciáveis pretendem fazer com a regra que extinguiu a possibilidade de companhias públicas de saneamento fecharem contratos diretamente com municípios, sem licitação, relata o Estadão. O setor justifica que manter a proibição, pilar do marco legal aprovado em 2020, é essencial para o mercado ganhar tração e atingir a universalização da cobertura de água e esgoto até 2033. Há apreensão de que o instrumento, conhecido como contrato de programa, seja recuperado em um eventual governo petista. O PT tem batido na tecla de que o investimento em infraestrutura deve combinar recursos públicos e privados.  

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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