RADAR 22/09/2022

Inflação pode afetar a decisão do eleitor

 
O RADAR desta quinta, 22, destaca que alta generalizada dos preços vem sendo uma pauta relevante no debate eleitoral, especialmente quando se discute o aumento de itens básicos, como alimentos. Ainda no plano econômico, registramos a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa de juros (Selic) em 13,75%, encerrando o maior ciclo de altas da história. O Copom afirma que se "manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação". Ou seja, os juros altos permanecerão altos enquanto a inflação estiver elevada. Além disso, há perspectiva de desaceleração econômica em 2023, como o RADAR vem registrando em edição anteriores disponíveis no LAB Fecomercio. E por falar em inflação... Ao analisarmos os números mais recentes, a deflação observada nos meses de julho (- 0,68%) e agosto (- 0,36%) fez com que a variação anual do IPCA caísse de 10,07%, em julho, para 8,73%, em agosto. No ano, o IPCA acumula alta de 4,4% e, nos últimos 12 meses, de 8,73%. Os dados favoráveis à queda na inflação estão associados a:
  • redução de impostos e tributos;
  • desaceleração da economia mundial (impactando os preços das commodities, principalmente petróleo);
  • efeitos da elevação das taxas de juros (com a Selic alta, há menos dinheiro circulando e menor procura por
  • produtos e serviços);
  • estabilidade do dólar.
      Diante dessas baixas, o mercado passou a rever as projeções para o ritmo de crescimento dos preços, que deve encerrar o ano em torno de 6%. Mas como este cenário pode afetar a percepção do eleitor, em relação à sua situação financeira, e, por consequência, a decisão de voto? O economista Antonio Lanzana, copresidente do Conselho de Economia Empresarial e Política (CEEP), ressalta que a percepção de deflação é sentida de forma diferente entre os vários segmentos da sociedade. ⇒A queda dos preços dos combustíveis, por exemplo, favorece principalmente os de renda média e alta, muito mais intensivos no uso de automóveis do que os de menor renda.   ⇒Por outro lado, o preço dos alimentos afeta de forma mais intensa o poder de compra dos eleitores de menor renda.   ⇒A inflação dos alimentos está acima do IPCA geral, o que acaba mantendo a sensação de preços em alta para uma ampla parcela da sociedade. Veja a comparação no gráfico abaixo: Nos oito primeiros meses deste ano, o custo dos alimentos subiu 10,1%, mais do que o dobro da inflação geral.     Em agosto, o grupo de alimentação e bebidas do IPCA teve alta de 0,24%, desacelerando em relação a julho (1,30%). Houve altas em componentes importantes na cesta das famílias, como o frango em pedaços (2,87%), o queijo (2,58%) e as frutas (1,35%). Por outro lado, ocorreram quedas expressivas nos preços do tomate (-11,25%), da batata-inglesa (-10,07%) e do óleo de soja (-5,56%). Além disso, o preço do leite longa vida, que havia subido 25,46% em julho, caiu 1,78% em agosto. Os dados são do IBGE. Lanzana afirma que a expectativa é a de que os preços dos alimentos tenham um comportamento mais favorável nos próximos meses. Isto já pode ser observado na desaceleração observada no IPCA de agosto. O copresidente do CEEP ressalta que, se houver segundo turno, o eleitor terá um tempo maior para perceber a queda de preços nos gastos do dia a dia, assim, o fator “redução do custo de vida” poderá ganhar mais relevância na decisão do voto.  

RADAR MONITORA 

Copom mantém juros em 13,75% O Banco Central (BC) interrompeu o maior ciclo de elevação da taxa básica de juros em 23 anos, mantendo a Selic em 13,75% ao ano, patamar muito distante dos 2% ao ano ostentados em março de 2021. Além disso, sinalizou que os cortes de juros não voltarão em breve. Poucas horas antes, o Federal Reserve (o Fed, banco central americano) elevou a taxa de referência em 0,75 ponto percentual, para o intervalo entre 3% e 3,25% ao ano. Conforme noticia o Valor Econômico, é consenso que a atividade econômica e o mercado de trabalho devem ser impactados negativamente, principalmente no ano que vem, pelas decisões. A projeção mediana do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Boletim Focus, é de 2,65%, em 2022, e de 0,5%, em 2023.   Ainda falta um bom chão para inflação voltar à meta Não é apenas por cautela que o Banco Central fez questão de sublinhar que os juros permanecerão elevados ainda por um período de tempo prolongado, comenta o Valor Econômico, em editorial. As duas deflações, observadas em julho e agosto – que, provavelmente, serão sucedidas por uma terceira em setembro – têm o dedo da intervenção governamental sobre impostos de combustíveis e energia. Retiradas estas medidas eleitoreiras, a inflação segue quase do mesmo tamanho, como indicam os dados de agosto do IBGE. Sete dos nove grupos de produtos do IPCA apontaram elevação.   Governo reduz estimativa de inflação O Ministério da Economia voltou a aumentar seu otimismo para a alta do PIB em 2022 e reduziu a estimativa para a inflação no ano, mostra o Estadão. A pasta ainda manteve as premissas para atividade no próximo ano em um nível bem superior ao do mercado, assim como prevê um patamar menor para a inflação, divergindo dos números dos economistas consultados pelo Banco Central. A estimativa para a expansão da atividade em 2022 passou de 2% para 2,70%.  

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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