RADAR 19/09/2022

Melhora da economia movimenta o debate eleitoral

 
A 15 dias do primeiro turno das eleições, a melhora de alguns índices econômicos tem gerado otimismo no mercado e no governo federal. Os dados positivos tendem a ser explorados nos próximos dias pela campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). A fotografia atual é mais favorável ao governo do que há alguns meses. Destacamos alguns fatos relevantes:  
  • Crescimento de 2,5% do PIB no primeiro semestre de 2022. A alta é superior à projetada pelo mercado no início do ano.
 
  • Se analisarmos a média do crescimento anual do PIB na última década, 0,7%, pode-se concluir que o resultado parcial de 2022 já é profícuo.
 
  • Os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador do Banco Central, considerado como a prévia do PIB, mostram uma subida de 1,17% entre junho e julho, maior nível desde dezembro de 2014.
 
  • O Ministério da Economia estima um crescimento anual do PIB de 2,7%. Já o boletim Focus, do Banco Central, aponta para uma alta e 2,39%.
  Apesar da melhora dos indicadores e consequente aumento na confiança da retomada econômica, o cenário geral continua sendo desafiador, em razão da inflação ainda elevada em alguns setores e do impacto da alta dos preços, ainda não sanado, no orçamento das famílias. Para o economista e copresidente do CEEP, Antonio Lanzana, a perspectiva é que a inflação feche o ano em torno de 6%. “Alguns fatores irão contribuir para a redução da inflação, tal como a queda dos preços de commodities no mundo”, diz. Por outro lado, ele lembra, isso ainda não aponta para uma queda de preços, apenas para a desaceleração do ritmo em que sobem. Na agenda política, haverá repercussão da presença do presidente Bolsonaro no funeral da rainha Elizabeth II, na Inglaterra, e, posteriormente, na abertura da 77ª Assembleia-Geral da ONU, nos Estados Unidos. Em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai concluir o julgamento sobre os decretos presidenciais que flexibilizaram o uso de armas no País. No Senado, está prevista uma videoconferência para debater uma solução para o piso da enfermagem. Como informa a agência Senado, o Congresso aprovou e o governo sancionou o piso, mas o STF suspendeu a medida, alegando que deputados e senadores não apontaram a fonte de recursos para tal custeio.  

RADAR MONITORA 

Respiro econômico Em meio às várias tempestades globais, que incluem guerra e risco de recessão, a economia brasileira respira, avalia a Folha de S.Paulo, em editorial. Com atividade em alta, queda do desemprego e incipiente acomodação da inflação, os resultados deste ano são positivos. Depois da alta de 1,2% do PIB no segundo trimestre, os indicadores preliminares de julho e agosto sugerem continuidade. O IBC-Br subiu 1,2% em julho, um bom começo para o terceiro trimestre. A demanda nos serviços permanece firme, com expansão de 1,1% em julho nas vendas, enquanto prossegue a retomada de atividades prejudicadas pela pandemia. Tal dinamismo compensa a queda das vendas no varejo, que caíram em julho pela terceira vez seguida. Ao que parece, o crescimento do PIB deve se aproximar de 3% neste ano. Ao mesmo tempo, a inflação recua, em razão principalmente dos cortes nos impostos sobre combustíveis. As projeções para o IPCA deste ano se reduziram de quase 9%, em julho, para 6,4%.   Inflação pode ter queda recorde no terceiro trimestre As desonerações promovidas pelo governo e os cortes de preços da gasolina anunciados pela Petrobras podem fazer com que o IPCA registre, neste terceiro trimestre, a maior deflação trimestral do Plano Real. Após dois meses seguidos de queda dos preços, em julho e agosto, economistas ouvidos pela Agência Estado, agora, monitoram a chance de uma nova taxa negativa em setembro. Uma alta de até 0,18% no mês levaria o IPCA a uma deflação de 0,86% no período de julho a setembro, mais intensa do que a queda de 0,85% registrada no terceiro trimestre de 1998 – a maior do Plano Real até agora. Os cortes de preços da gasolina estão por trás das expectativas de deflação em setembro. Desde julho, a Petrobras diminuiu quatro vezes o valor cobrado pelo combustível. Caso a queda prevista se concretize, o IPCA ficará em terreno negativo por três meses consecutivos pela primeira vez desde 1998, após ceder 0,68%, em julho, e 0,36%, em agosto.   Governo planeja atrelar Teto de Gastos a PIB A proposta do Ministério da Economia para reformular o Teto de Gastos pretende autorizar o crescimento real das despesas (acima da inflação) de forma permanente e atrelada ao crescimento do PIB, noticia a Folha de S.Paulo. A magnitude do aumento, porém, vai depender do nível de endividamento público. A regra prevê que, em momentos de recessão, o tamanho da queda do PIB serviria de referência para autorizar um gasto extra do Teto temporário, para amenizar os efeitos negativos sobre a economia. Os parâmetros usados na proposta indicam que o governo teria uma expansão imediata em seu espaço para gastar em 2023.   Auxílio de R$ 600 e desonerações vão elevar dívida A manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e das desonerações tributárias no ano que vem pode elevar a dívida bruta do governo geral em 1,5 ponto percentual do PIB – o principal indicador da dívida pública. Os cálculos, repercutidos pelo Valor Econômico, foram divulgados pela Instituição Fiscal Independente (IFI). Nos números mais recentes divulgados pelo Banco Central, referentes a julho, a dívida estava em 77,6%, em relação ao PIB. No cenário base calculado pela IFI, que não leva em conta a prorrogação do Auxílio Brasil, de R$ 600, nem das desonerações tributárias, o indicador terminaria o ano que vem em 80,2%. Se considerada a prorrogação, a dívida terminaria 2023 em 81,7%.  

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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