RADAR 08/09/2022

Endividamento bate recorde na capital

 

RADAR ANALISA

O RADAR desta quinta-feira (8/9) registra o crescimento no endividamento das famílias paulistanas. Em agosto, a porcentagem de lares com dívidas marcou um novo recorde para a série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) desde fevereiro de 2004. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso.  
  • 76,6% é o patamar atual de famílias endividadas na capital.
 
  • Há um ano, este índice era de 67,2%.
 
  • 3,08 milhões de famílias têm algum tipo de dívida – 400 mil a mais do que 2021.
 
  • A inadimplência também voltou a subir: atinge hoje 24% dos lares (em agosto de 2021, este índice era de 18,8%).
  Concentração das dívidas por modalidade  
  • cartão de crédito: 83,1%
  • carnê: 16,5%
  • crédito pessoal: 12,3%, o maior patamar desta modalidade em quatro anos. A elevação indica que os consumidores estão buscando este tipo de crédito para pagar compromissos do cotidiano, evitando um custo mais caro (como o cheque especial), ou até mesmo porque já ultrapassaram o limite do cartão.
    Motivo Inflação elevada, que atrapalha os ganhos conquistados, mesmo com a melhora do mercado de trabalho. Como o RADAR vem informando, os dados revelam um cenário bastante desafiador para as famílias nos próximos meses (sobretudo as de renda mais baixa). Entretanto, a tendência é de inflação mais moderada até o fim do ano. Além disso, o mercado de trabalho deve se manter aquecido, o que leva à expectativa de aumento do poder de compra dos consumidores. Para a FecomercioSP, com os altos níveis de endividamento e inadimplência, os ganhos iniciais de quem está retornando ao mercado de trabalho serão destinados ao equilíbrio das contas e, posteriormente, ao consumo. Desta forma, a expectativa é de melhora nos números da PEIC até dezembro – não necessariamente na redução do endividamento, mas no recuo da inadimplência, o que é importante para reduzir o gasto com juros e para ajudar no ritmo de vendas no comércio.  Nota metodológica Para a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), são entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista.  

RADAR MONITORA 

Candidatos se dividem sobre Reforma Trabalhista, mas não miram revogação Quase cinco anos após a aprovação da Reforma Trabalhista, que fez modificações profundas na CLT, a legislação volta a ser discutida com a proximidade das eleições. Modificações na reforma fazem parte dos programas de governo de alguns dos principais candidatos à Presidência. As maiores centrais sindicais do País não esperam uma revogação do texto ou a volta do imposto sindical – apenas contam com uma “reforma da reforma”, aponta a Folha de S.Paulo. Jair Bolsonaro (PL) costuma restringir sua posição à contraposição entre direitos trabalhistas e mais empregos, enquanto defende que irá trabalhar na redução da informalidade. O programa de governo de Lula (PT) fala de revisão, defendendo que isso deve ser fruto de uma ampla discussão entre representantes patronais e de trabalhadores. Ciro Gomes (PDT) disse que pretende “aposentar” a CLT e colocar no lugar um novo código. Já Simone Tebet (MDB) declarou que era necessário ajustar a legislação trabalhista, para incluir os trabalhadores por aplicativos, discutindo com eles as suas demandas mais urgentes. Tebet, no entanto, disse não ver necessidade de fazer uma nova reforma.   Governo Bolsonaro: FGTS futuro para financiar a casa própria O governo Jair Bolsonaro (PL) está concluindo uma proposta de regulamentação que autoriza os trabalhadores a usar recursos futuros do FGTS como garantia em financiamentos do programa habitacional Casa Verde e Amarela, noticia a Folha de S.Paulo. O texto deve ser apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional ao Conselho Curador do FGTS ainda em setembro. Se aprovado, serão necessários cerca de 120 dias até que os bancos operacionalizem a medida – ou seja, os primeiros financiamentos só ocorreriam a partir de 2023. O secretário nacional de Habitação, Alfredo Santos, diz que a iniciativa pode ampliar em até 80 mil o número de unidades financiadas por meio do programa nos primeiros 12 meses, a partir da vigência da autorização.   Lula: renegociar dívidas para acelerar consumo O candidato Lula (PT) afirmou que quer criar condições para renegociar as dívidas da população e, assim, acelerar o consumo no País, mostra o G1. “Nós vamos ter que, em um primeiro momento, criar as condições para negociar essas dívidas, seja com os empresários do setor de varejo, seja com as prefeituras e os Estados, no gás e na luz, seja com os bancos. Se o povo não tem poder para consumo, a economia não cresce. O comércio não vende, a fábrica não fabrica, o povo não compra e a gente tem desgraça, como já aconteceu tantas vezes neste País”, completou o petista.   Ciro: renúncias fiscais para gerar 5 milhões de empregos em dois anos Ciro Gomes (PDT) disse que vai gerar 5 milhões de empregos em dois anos usando parte das renúncias fiscais autorizadas pelo governo federal, destaca o Valor Econômico. “Existem 14 mil obras paradas [no País], todas licenciadas e licitadas. Urbanização de favela, revitalização de moradia, drenagem, pavimentação, saneamento, portos, aeroportos, ferrovias, uma série de 14 mil obras paradas. E o dinheiro [para gerar empregos] vem de um corte de 20% das renúncias fiscais, que hoje são R$ 350 bilhões. Com 20% de corte, eu arrumo R$ 70 bilhões por ano, isso é o suficiente para honrar 5 milhões de empregos em dois anos”, afirmou Ciro. No caso das empresas em situação de inadimplência, Ciro propôs a criação de uma linha de crédito operada pelo BNDES.   Alimentos mais caros pressionam inflação dos mais pobres A inflação sobre os mais pobres caiu de 12%, em junho, para 10,4%, em julho, no acumulado de 12 meses, mas o impacto dos preços de alimentos sobre as famílias de renda muito baixa subiu no período, informa o Poder360. Passou de 4 pontos percentuais para 4,3 p.p., segundo dados do Ipea. O IPCA atingiu 10,07% em 1 ano. O Ipea calcula a taxa conforme a remuneração das famílias. Aos mais pobres, por exemplo, a alta foi de 10,4%, enquanto pessoas com renda média-alta tiveram índice de +9,7% no período.   Perspectiva de recessão na Europa é preocupação global Por toda a Europa, gás e petróleo mais caros provocaram um choque inflacionário, que tem sido enfrentado pelos bancos centrais com alta dos juros e a perspectiva inevitável de uma recessão, avalia O Globo, em editorial. Na contagem regressiva para o fim do verão europeu, o humor recessivo já contaminou os mercados. Má notícia para o mundo, pois as duas maiores economias, Estados Unidos e China, também enfrentam dificuldades. Diante de uma inflação em alta na Zona do Euro (9,1% em agosto), o Banco Central Europeu (BCE) aumentou a taxa de juros pela primeira vez em 11 anos. O efeito recessivo da combinação de energia cara e juros em alta é incontornável. Analistas do banco JP Morgan Chase preveem para este ano uma queda de 2% no PIB na Zona do Euro, com os PIBs francês e alemão caindo 2,5%, e o italiano, 3%.  

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

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